Primeira Conferência GLBT em Brasília
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Primeira Conferência GLBT em Brasília
Começou ontem em Brasília a Primeira Conferência GLBT... vou colocar aqui algumas notícias referentes ao que aconteceu ontem, e pra quem quiser nesse link tem o discurso do Lula.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2008/06/05/040268C4990307.jhtm
SUS fará operações de troca de sexo gratuitas
Na noite desta quinta, 5/6, durante a abertura da 1a Conferência
GLBT em Brasília, o Ministro da Saúde José Gomes Temporão anunciou que
até o final de junho o SUS pode começar a fazer operações de troca de
sexo gratuitas. As travestis, presentes no evento, saudaram a medida com gritos, o resto do público com aplausos de pé. Inicialmente
hospitais universitários do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas
Gerais devem realizar as operações. A partir da portaria, outros
hospitais da rede pública poderão se credenciar para que o Ministério
da Saúde possa verificar se eles estão aptos a fazer a cirurgia.
Presidente Lula comparece à abertura da 1a. Conferência Nacional GLBT e levanda a bandeira gay
Momento histórico para o movimento glbt brasileiro. Pela primeira vez
um presidente da república abre uma conferência deste teor, e levanta,
literalmente, a bandeira do arco-íris. Na abertura do evento,
Lula – acompanhado de vários ministros de estado e da primeira-dama –
surpreendeu ao manifestar inequívoco apoio à causa e ao dar abertas
manifestações de simpatia a gays, lésbicas e travestis. É a primeira
vez que Lula fala abertamente sobre otema
A 1ª Conferência GLBT,
encontro que faz parte das comemorações dos 60 anos da Declaração dos
Direitos Humanos e que pretende dar as diretrizes da luta por direitos
civis glbt no Brasil. Ela é tida como a primeira no gênero convocada
por um chefe de estado, foi organizada pela Secretaria Especial de
Direitos Humanos e conta com a presença de observadores de 14 países.
Ela foi convocada por decreto presidencial no final do ano passado e
desde então vem-se especulando sobre a presença de Lula. E ele foi!
Do
Brasil vieram 600 delegados, a maioria escolhidos em conferências
estaduais que aconteceram durante o ano. O convite pedia como traje
passeio completo. Boa parte entendeu como terno e gravata, muitos como
traje afro. As drags e travestis aproveitaram para arrasar nos longos.
Algumas foram de jeans e camisetas engajadas. O evento acontece no
Brasil 21, centro de convenções do complexo Meliá em sala com 800
lugares, no setor hoteleiro sul em Brasília. A abertura, marcada para
às 19h, teve um atraso de hora e meia e superlotação. Mas valeu.
Quem
iniciou os trabalhos foi o Secretario de Direitos Humanos Paulo
Vanucchi com um longo discurso que deixou clara sua intenção de dar
credibilidade à questão glbt. Ele relembrou o holocausto, a luta do
atual governo contra a fome, citou homossexuais famosos de Sócrates a
Oscar Wilde e igualou a causa glbt à luta a dos negros. Ao dizer que “A
homofobia é incompatível com a democracia” foi longamente aplaudido de
pé. Terminou seu discurso dando três recomendações ao movimento gay
presente: Não se perder em disputas internas, entender que os
adversários são pessoas presas a tabus usando mais estratégias de
convencimento do que de enfrentamento e entender que a luta glbt se
entende como parte de outras lutas de direitos humanos como a de
crianças, deficientes, negros e idosos.
Depois veio o sucinto
discurso da líder da Rede AfroGLBT , Nega Cris.A presidente da Antra
Fernanda Benevutti foi saudada por gritos, principalmente de travestis.
Emocionada ele declarou que a conferência “é fruto do sangue derramado
por muitos companheiros e companheiras”. Durante sua fala um grupo
levantou um enorme cartaz com fotos de travestis assassinadas.
O
presidente da ABGLT Toni Reis começo dizendo a Dona Marisa que ao se
assumir aos 14 anos para sua mãe, ela lhe disse que ele era doente.
Hoje apóia totalmente o casamento com seu companheiro David. “Minha mãe
mudou, o Brasil pode mudar”. Aplausos e gritos fervorosos. Ele cobrou
do presidente metas, prazos e dotação orçamentária para a questão glbt.
“Lula, sem dinheiro não se faz política”. O presidente riu bastante,
concordando.
Toni ainda fez o que chamou de “um grande
pedido”: a aprovação de um estatuto glbt, nos moldes do estatuto da
criança e do adolescente, e a aprovação da criminalização da homofobia.
Propôs então um slogan para o evento: “Nem menos nem mais, Direitos
Iguais”, grito de guerra repetido várias vezes pelo plenário. No final,
deu uma bandeira de arco-íris a Lula e bonés de arco-íris para o casal
presidencial. Eles usaram e se deixaram fotografar fartamente. Durante todo tempo Dona Marisa e Lula riram muito e aplaudiram os discursos.
Na
seqüência foi a vez do Ministro da Saúde José Gomes Temporão que
creditou ao ativismo do movimento glbt a possibilidade de associar a
luta contra a epidemia da aids com a defesa dos direitos humanos. E
anunciou que até o final do mês o SUS passará a fazer operações de
mudança de sexo.
Chegou então a vez de Lula falar. Com sua
linguagem franca se dirigiu aos presentes de maneira bastante informal.
Disse que era uma metamorfose ambulante, pois sua maneira de pensar
evoluía e conclamou as pessoas a se despojarem de seus preconceitos.
Afirmou que entende os homossexuais porque ele também já foi vítima de
preconceito. Lembrou que essa noite é uma noite histórica porque pela
primeira vez um chefe de estado participava de uma conferência e que é
preciso muita coragem para abarcar uma causa tão polêmica quanto a de
gays, lésbicas e transexuais.
Revelou também que já esteve com
muitos líderes que não assumem sua condição homossexual e que eles não
teriam coragem de defender direitos gays. Deslizou em alguns termos como “opção sexual” e “homossexualismo” e foi corrigido por gritos vindos do fundão. Disse
lamentar a presença de tão poucos deputados e terminou garantindo que
fará o possível para que a criminalização da homofobia e união civil
sejam aprovados. Mas deixou claro que “temos que ser honestos e o que
não puder ser feito o governo vai dizer o que dá e o que não dá”.
Paulo
Vanucchi trouxe uma menina de 4 anos para o colo do presidente e no
microfone ele gritou “Brasil Sem Homofobia”várias vezes. O público
repetiu, cantou o hino nacional e “ole olé ola, lula lula”. Militantes
aos prantos por todas as partes, começou o coquetel. Depois de tanta
inspiração, às 8 começa a conferência pra valer.
Fotos: http://mixbrasil.uol.com.br/mp/upload/noticia/6_72_67188.shtml
tem outro link, mostrando e falando mais sobre o presidente Lula:
http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI2931692-EI306,00.html
http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2008/06/05/040268C4990307.jhtm
SUS fará operações de troca de sexo gratuitas
Na noite desta quinta, 5/6, durante a abertura da 1a Conferência
GLBT em Brasília, o Ministro da Saúde José Gomes Temporão anunciou que
até o final de junho o SUS pode começar a fazer operações de troca de
sexo gratuitas. As travestis, presentes no evento, saudaram a medida com gritos, o resto do público com aplausos de pé. Inicialmente
hospitais universitários do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas
Gerais devem realizar as operações. A partir da portaria, outros
hospitais da rede pública poderão se credenciar para que o Ministério
da Saúde possa verificar se eles estão aptos a fazer a cirurgia.
Presidente Lula comparece à abertura da 1a. Conferência Nacional GLBT e levanda a bandeira gay
Momento histórico para o movimento glbt brasileiro. Pela primeira vez
um presidente da república abre uma conferência deste teor, e levanta,
literalmente, a bandeira do arco-íris. Na abertura do evento,
Lula – acompanhado de vários ministros de estado e da primeira-dama –
surpreendeu ao manifestar inequívoco apoio à causa e ao dar abertas
manifestações de simpatia a gays, lésbicas e travestis. É a primeira
vez que Lula fala abertamente sobre otema
A 1ª Conferência GLBT,
encontro que faz parte das comemorações dos 60 anos da Declaração dos
Direitos Humanos e que pretende dar as diretrizes da luta por direitos
civis glbt no Brasil. Ela é tida como a primeira no gênero convocada
por um chefe de estado, foi organizada pela Secretaria Especial de
Direitos Humanos e conta com a presença de observadores de 14 países.
Ela foi convocada por decreto presidencial no final do ano passado e
desde então vem-se especulando sobre a presença de Lula. E ele foi!
Do
Brasil vieram 600 delegados, a maioria escolhidos em conferências
estaduais que aconteceram durante o ano. O convite pedia como traje
passeio completo. Boa parte entendeu como terno e gravata, muitos como
traje afro. As drags e travestis aproveitaram para arrasar nos longos.
Algumas foram de jeans e camisetas engajadas. O evento acontece no
Brasil 21, centro de convenções do complexo Meliá em sala com 800
lugares, no setor hoteleiro sul em Brasília. A abertura, marcada para
às 19h, teve um atraso de hora e meia e superlotação. Mas valeu.
Quem
iniciou os trabalhos foi o Secretario de Direitos Humanos Paulo
Vanucchi com um longo discurso que deixou clara sua intenção de dar
credibilidade à questão glbt. Ele relembrou o holocausto, a luta do
atual governo contra a fome, citou homossexuais famosos de Sócrates a
Oscar Wilde e igualou a causa glbt à luta a dos negros. Ao dizer que “A
homofobia é incompatível com a democracia” foi longamente aplaudido de
pé. Terminou seu discurso dando três recomendações ao movimento gay
presente: Não se perder em disputas internas, entender que os
adversários são pessoas presas a tabus usando mais estratégias de
convencimento do que de enfrentamento e entender que a luta glbt se
entende como parte de outras lutas de direitos humanos como a de
crianças, deficientes, negros e idosos.
Depois veio o sucinto
discurso da líder da Rede AfroGLBT , Nega Cris.A presidente da Antra
Fernanda Benevutti foi saudada por gritos, principalmente de travestis.
Emocionada ele declarou que a conferência “é fruto do sangue derramado
por muitos companheiros e companheiras”. Durante sua fala um grupo
levantou um enorme cartaz com fotos de travestis assassinadas.
O
presidente da ABGLT Toni Reis começo dizendo a Dona Marisa que ao se
assumir aos 14 anos para sua mãe, ela lhe disse que ele era doente.
Hoje apóia totalmente o casamento com seu companheiro David. “Minha mãe
mudou, o Brasil pode mudar”. Aplausos e gritos fervorosos. Ele cobrou
do presidente metas, prazos e dotação orçamentária para a questão glbt.
“Lula, sem dinheiro não se faz política”. O presidente riu bastante,
concordando.
Toni ainda fez o que chamou de “um grande
pedido”: a aprovação de um estatuto glbt, nos moldes do estatuto da
criança e do adolescente, e a aprovação da criminalização da homofobia.
Propôs então um slogan para o evento: “Nem menos nem mais, Direitos
Iguais”, grito de guerra repetido várias vezes pelo plenário. No final,
deu uma bandeira de arco-íris a Lula e bonés de arco-íris para o casal
presidencial. Eles usaram e se deixaram fotografar fartamente. Durante todo tempo Dona Marisa e Lula riram muito e aplaudiram os discursos.
Na
seqüência foi a vez do Ministro da Saúde José Gomes Temporão que
creditou ao ativismo do movimento glbt a possibilidade de associar a
luta contra a epidemia da aids com a defesa dos direitos humanos. E
anunciou que até o final do mês o SUS passará a fazer operações de
mudança de sexo.
Chegou então a vez de Lula falar. Com sua
linguagem franca se dirigiu aos presentes de maneira bastante informal.
Disse que era uma metamorfose ambulante, pois sua maneira de pensar
evoluía e conclamou as pessoas a se despojarem de seus preconceitos.
Afirmou que entende os homossexuais porque ele também já foi vítima de
preconceito. Lembrou que essa noite é uma noite histórica porque pela
primeira vez um chefe de estado participava de uma conferência e que é
preciso muita coragem para abarcar uma causa tão polêmica quanto a de
gays, lésbicas e transexuais.
Revelou também que já esteve com
muitos líderes que não assumem sua condição homossexual e que eles não
teriam coragem de defender direitos gays. Deslizou em alguns termos como “opção sexual” e “homossexualismo” e foi corrigido por gritos vindos do fundão. Disse
lamentar a presença de tão poucos deputados e terminou garantindo que
fará o possível para que a criminalização da homofobia e união civil
sejam aprovados. Mas deixou claro que “temos que ser honestos e o que
não puder ser feito o governo vai dizer o que dá e o que não dá”.
Paulo
Vanucchi trouxe uma menina de 4 anos para o colo do presidente e no
microfone ele gritou “Brasil Sem Homofobia”várias vezes. O público
repetiu, cantou o hino nacional e “ole olé ola, lula lula”. Militantes
aos prantos por todas as partes, começou o coquetel. Depois de tanta
inspiração, às 8 começa a conferência pra valer.
Fotos: http://mixbrasil.uol.com.br/mp/upload/noticia/6_72_67188.shtml
tem outro link, mostrando e falando mais sobre o presidente Lula:
http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI2931692-EI306,00.html
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